A Ordem dos Médicos manifestou preocupação com a possibilidade de as consultas de vigilância a grávidas de baixo risco passarem a ser realizadas por enfermeiros especialistas. A instituição considera que essa mudança pode implicar riscos clínicos e defende que o acompanhamento deve continuar a ser assegurado pelos médicos de família.Em sentido contrário, a Ordem dos Enfermeiros sustenta que os profissionais de enfermagem especializados em saúde materna e obstétrica têm formação e competências para acompanhar as grávidas, sobretudo num contexto em que muitas mulheres não têm médico de família. A medida, defendem, permitiria melhorar o acesso e aliviar a sobrecarga dos serviços médicos.
O debate mantém-se aceso e o Governo estuda formas de regulamentar a proposta, procurando garantir a segurança das grávidas e a eficácia dos cuidados de saúde materna.