Um novo contrato para a manutenção de elétricos foi assinado pela Carris no dia seguinte ao acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 mortos e dezenas de feridos. A proximidade temporal entre os dois acontecimentos gerou críticas e suspeitas, mas a transportadora garante que tudo não passa de uma “coincidência”, sublinhando que o processo já estava em curso antes da tragédia.

De acordo com a empresa, o ajuste direto foi necessário depois de um concurso público anterior ter ficado sem candidatos. Ainda assim, a assinatura levantou dúvidas sobre a forma como a manutenção dos transportes históricos da cidade tem sido conduzida, numa altura em que decorrem investigações para apurar as responsabilidades pelo acidente.

As primeiras conclusões técnicas apontam para o rompimento de um cabo como causa do descarrilamento. Enquanto isso, a oposição política e associações de utentes exigem maior transparência nos contratos e uma auditoria independente à gestão da manutenção dos elevadores e elétricos de Lisboa.