O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, Carlos Sá, apresentou a sua demissão, que foi prontamente aceite pela Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Esta decisão surge na sequência da morte de uma grávida de 36 anos e do seu bebé no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e após a Ministra ter admitido ter sido mal informada sobre o caso.
Falha de Informação: A Ministra da Saúde afirmou, inicialmente no Parlamento, que a grávida (que morreu na madrugada de sexta-feira, dia 31) não tinha tido acompanhamento durante a gestação.
Mais tarde, o Hospital Amadora-Sintra reconheceu que a utente estava, afinal, a ser seguida nos cuidados de saúde primários desde julho, informação que só foi verificada e comunicada à Ministra no domingo, alegadamente devido à falta de um sistema de informação clínica integrado.
Consequência: A Ministra Ana Paula Martins classificou esta situação como uma "falha grave" na prestação de informação, levando à demissão do presidente da administração do hospital.
A morte da mãe e do recém-nascido, que não resistiu um dia após o parto de emergência, está também sob investigação do Ministério Público (MP) e da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).