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Ryanair Abandona Aeroportos "Caros" em Toda a Europa e Reduz Drasticamente a Oferta
Publicado em 21/10/2025 07:15
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A companhia aérea de baixo custo Ryanair anunciou uma reestruturação significativa das suas operações na Europa, decidindo abandonar ou reduzir drasticamente a sua presença em aeroportos de sete países que considera ter taxas demasiado elevadas. A medida, que afetará milhões de passageiros, é justificada pela transportadora irlandesa como uma forma de combater o aumento dos custos operacionais e dos impostos governamentais, que ameaçam o seu modelo de preços baixos.Os cortes de voos e bases irão concentrar-se em países como Espanha, França, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Estónia, Letónia e Lituânia, onde a companhia tem enfrentado aumentos nas taxas aeroportuárias.

Em Espanha, por exemplo, a Ryanair já confirmou o encerramento da sua base em Santiago de Compostela e a suspensão de rotas em aeroportos regionais como Valladolid, Jerez, Vigo e Tenerife Norte. Embora pretenda expandir-se em grandes hubs como Madrid e Barcelona, a transportadora alega que as taxas da AENA (operadora dos aeroportos espanhóis) nos aeroportos regionais tornaram as operações insustentáveis.

A França e a Alemanha são também alvo de cortes expressivos no número de assentos e rotas canceladas, devido à imposição de novas taxas ambientais e impostos. A Ryanair argumenta que, para manter a sua competitividade e o valor das passagens aéreas acessíveis, é forçada a redirecionar a sua capacidade para aeroportos ou regiões que ofereçam condições mais favoráveis e taxas mais baixas.

Michael O’Leary, CEO do Grupo Ryanair, tem sido vocal nas suas críticas, acusando as entidades gestoras dos aeroportos e os governos de monopolizarem as infraestruturas e de usarem os aumentos de taxas para financiar projetos caros, como novos aeroportos, penalizando o consumidor final.

Especialistas em aviação preveem que esta decisão terá um impacto direto no turismo e na conectividade destas regiões, limitando as opções de viagem acessíveis para os passageiros nos próximos meses e, potencialmente, levando a um aumento generalizado das tarifas. Resta saber se os cortes anunciados são uma tática de negociação ou o início de uma tendência de saída dos aeroportos com custos mais altos.

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