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Discord: da plataforma de gamers a terreno fértil para crimes e radicalização
Publicado em 17/09/2025 07:00
Noticias

Criado em 2015 como uma aplicação para gamers, o Discord rapidamente se transformou numa das plataformas de comunicação mais populares entre jovens em todo o mundo. Permite criar servidores privados, trocar mensagens de texto ou áudio, partilhar vídeos, jogar em conjunto ou simplesmente conversar.

Apesar de a maior parte do uso ser lúdico, a privacidade e a estrutura fechada dos servidores podem tornar-se um risco. Ambientes restritos têm servido para radicalização, discursos de ódio e até planeamento de crimes. A plataforma, com mais de 200 milhões de utilizadores ativos, é especialmente popular entre adolescentes e jovens adultos.

Casos recentes têm ligado o Discord a crimes graves. Nos Estados Unidos, o assassinato do conservador Charlie Kirk e o ataque em Buffalo, que causou 10 mortes, envolveram planeamento ou troca de mensagens na plataforma. Em Portugal, jovens foram detidos por gerir grupos extremistas no Discord, com objetivos violentos ou de angariação de seguidores.

A plataforma tem reagido, criando equipas para monitorizar denúncias, investigar comportamentos suspeitos e suspender contas ou encerrar servidores. Desde 2017, milhares de comunidades extremistas foram banidas. O Discord também colabora com autoridades sempre que existem suspeitas de crimes ou ordens judiciais, publica relatórios de transparência e oferece ferramentas de moderação para administradores.

 

O Discord continua a ser um espaço com enorme popularidade, mas o seu lado obscuro reforça a necessidade de vigilância constante sobre conteúdos que possam incitar violência ou radicalização.

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