Reitor do Porto recusa abrir exceção para alunos de Medicina sem nota mínima
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, revelou ter recebido pressões para admitir estudantes no curso de Medicina que não cumpriam os critérios mínimos de entrada.
De acordo com o responsável, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, terá sugerido a criação de 30 vagas extraordinárias na Faculdade de Medicina do Porto, destinadas a candidatos que ficaram de fora do concurso especial para licenciados por não atingirem a nota exigida.
Sousa Pereira recusou a proposta, sublinhando que a medida seria ilegal e colocaria em causa a transparência no acesso ao ensino superior. A Inspeção-Geral da Educação e Ciência confirmou entretanto que a integração destes candidatos violaria as regras em vigor.
O caso lança novas críticas sobre a pressão política em torno do acesso a cursos de elevada procura, como é o caso da Medicina, e reabre o debate sobre a forma como são geridas as vagas no ensino superior.