O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, afirmou que prefere manter os serviços de urgência em funcionamento, ainda que não cumpram integralmente os padrões definidos pela Ordem dos Médicos (OM). “Porque é que há de fechar uma urgência que, em vez de seis, tem cinco médicos?”, questionou em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF.
Álvaro Almeida, conhecido como o “CEO do SNS”, sublinha que o sistema de saúde público atravessa uma fase de elevada atividade. Segundo o responsável, em 2025 estão a ser realizadas mais consultas hospitalares, de cuidados de saúde primários, de saúde oral, psicologia e nutrição, bem como mais cirurgias do que em 2024.
Apesar de reconhecer que persistem dificuldades nas urgências, sobretudo em áreas como a obstetrícia, o diretor-executivo considera que a situação melhorou face ao passado. Aponta como exemplo o facto de os encerramentos de serviços de urgência serem hoje cerca de 40% inferiores aos registados em igual período do ano anterior.
“O SNS sempre enfrentou problemas, mas afirmar que nunca esteve tão mal não corresponde à realidade”, disse Álvaro Almeida, destacando que as dificuldades têm natureza estrutural e estão a ser resolvidas de forma gradual.