A TAP registou no segundo trimestre um aumento de 1,7% nas receitas operacionais face ao mesmo período do ano passado, totalizando 1.131,7 milhões de euros, impulsionado sobretudo pelo crescimento das receitas de passagens (+3,1%). O EBITDA recorrente atingiu 256,3 milhões de euros.

Entre abril e junho, a companhia aérea transportou 4,4 milhões de passageiros, mais 4,5% em termos homólogos. Apesar de reconhecer a pressão sobre as receitas unitárias e as dificuldades operacionais que continuam a afetar a pontualidade, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, destacou a melhoria da regularidade dos voos no trimestre.

O gestor sublinhou ainda que a empresa enfrenta “um dos verões operacionalmente mais difíceis dos últimos anos”, devido a fortes constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais, mas reforçou que a prioridade é assegurar “uma operação fiável” e contribuir para o fortalecimento do ecossistema da aviação em Portugal.

No plano estratégico, avança o processo de reprivatização da companhia, iniciado a 10 de julho com a aprovação do decreto-lei que define os termos da operação. Segue-se agora a aprovação do caderno de encargos que irá estabelecer os critérios técnicos, jurídicos e administrativos da venda.

A reprivatização prevê a alienação de 49,9% da TAP. Desse total, 5% estão reservados para aquisição por trabalhadores, podendo o investidor privado reforçar a posição para além de 44,9%, caso os funcionários não exerçam integralmente esse direito.