O Exército português conseguiu inverter uma década de queda no número de militares e está a atrair cada vez mais jovens da Geração Z. Depois de estagnar as perdas em 2024, este ano prevê-se um crescimento de 500 a 700 efetivos, o que equivale a mais um batalhão. Atualmente, o Exército tem 12.593 elementos e pretende chegar aos 13.300-13.500 até final de 2025.
A mudança resulta de uma nova estratégia de recrutamento, com maior aposta nas redes sociais, mais ciclos de admissão (sete este ano) e a criação do Quadro Permanente de Praças, que oferece estabilidade de carreira. A maioria dos candidatos vem das regiões de Lisboa e do Norte, mas o recrutamento local procura aproximar os jovens das suas zonas de origem.
Paralelamente, o Exército investe na modernização das condições de vida, substituindo as antigas casernas por quartos mais confortáveis, através de projetos financiados pelo PRR. O reforço de efetivos acontece também num contexto de maior investimento do Governo na Defesa, com mais de 2% do PIB e aumentos salariais significativos — os militares viram os seus vencimentos crescerem cerca de 40% em dois anos, tornando a profissão mais atrativa.