Os incêndios de Arganil, Montalegre, Sabugal, Figueira de Castelo Rodrigo, Sátão e Carrazeda de Ansiães são atualmente os mais preocupantes no país. Noutros pontos, apesar de ainda ativos, os fogos apresentam evolução favorável.
Na manhã desta quinta-feira, quase 2.700 operacionais combatiam os seis principais incêndios em Portugal continental, segundo a Proteção Civil. O fogo de Arganil, iniciado na semana passada, continua a ser o mais grave, mobilizando mais de metade dos meios: 1.675 bombeiros e 568 viaturas. Este incêndio já atingiu concelhos de Castelo Branco, Fundão e Covilhã.
As chamas obrigaram ao corte da linha da Beira Baixa entre Lardosa e Fundão, da A23 entre Lardosa e Fundão Sul e da EN18 entre Soalheira e Alpedrinha.
No norte do distrito de Vila Real, o fogo vindo da Galiza, em Espanha, que entrou por Montalegre e chegou a Chaves, envolvia 324 operacionais e 110 meios terrestres. Na quarta-feira à noite, o combate estava a decorrer favoravelmente, com as frentes a ceder.
O incêndio no Sabugal, que passou para Penamacor, mantinha 381 operacionais e 103 viaturas. Já em Figueira de Castelo Rodrigo, o fogo iniciado na quarta-feira mobilizava 140 operacionais, 32 viaturas e um meio aéreo.
Em Sátão e Carrazeda de Ansiães, os incêndios estão em fase de resolução, mas ainda requerem meios no terreno.
Desde julho, Portugal continental enfrenta múltiplos fogos, sobretudo no Norte e Centro. As chamas já provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, além de vários feridos graves, destruição de habitações, explorações agrícolas e áreas florestais.
Até 20 de agosto, arderam mais de 222 mil hectares, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024.