Os países membros da União Europeia (UE) deram um "apoio esmagador" a uma proposta para eliminar gradualmente as importações de gás natural russo, tanto por gasoduto como na forma de Gás Natural Liquefeito (GNL). O Conselho da UE aprovou hoje a sua posição de negociação, visando um corte nas importações a partir, pelo menos, de 2028.A medida representa um passo crucial na estratégia do bloco para desvincular-se da dependência energética russa e reforçar as sanções económicas a Moscovo. A decisão abre agora a porta a negociações com o Parlamento Europeu, que demonstrou a ambição de antecipar a data-limite para a interrupção das compras.
O Comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, expressou grande otimismo sobre o acordo, sublinhando que este "não só enviará um sinal muito claro, como terá um efeito real, porque significará, naturalmente, que haverá menos dinheiro a ir para a Rússia no futuro."
A transição energética afetará vários Estados-membros que, embora em graus distintos, ainda recorrem ao fornecimento russo. Portugal, por exemplo, está entre os oito países que terão de encontrar alternativas ao GNL russo, que em 2024 representava uma percentagem relativamente pequena das suas importações totais de gás.
A imposição da proibição insere-se nos esforços mais amplos da UE para diversificar as suas fontes de energia e reduzir a vulnerabilidade do bloco face a flutuações geopolíticas.