Fernando Gomes, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e atual líder do Comité Olímpico de Portugal (COP), formalizou a sua total cooperação com a Justiça no âmbito da Operação Mais Valia, que investiga suspeitas de corrupção na venda da antiga sede da FPF.O antigo dirigente enviou uma carta ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, manifestando-se disponível para entregar o equipamento informático que contém o acesso ao seu e-mail institucional utilizado durante os seus mandatos na Federação.
Esta iniciativa surge na sequência de notícias que davam conta de que investigadores da Polícia Judiciária (PJ) e do Ministério Público (MP) tinham solicitado à Microsoft a recuperação da sua caixa de correio eletrónico, entretanto apagada. Segundo fontes, na missiva enviada ao DIAP, Fernando Gomes autoriza explicitamente a Microsoft a ceder todos os dados solicitados para a investigação.
O ex-presidente da FPF, que nunca foi constituído arguido neste processo, afirma ter tido conhecimento do pedido de acesso aos seus dados pela comunicação social e não ter sido notificado para prestar esclarecimentos.
A Operação Mais Valia investiga suspeitas de crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal relacionados com a intermediação da venda da antiga sede da FPF na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa.
Até ao momento, foram constituídos dois arguidos:
António Gameiro, antigo deputado do PS.
Paulo Lourenço, antigo assessor jurídico de Fernando Gomes e ex-secretário-geral da FPF