A presença do mosquito-tigre, uma espécie invasora conhecida pela capacidade de transmitir doenças como o dengue, zika e chikungunya, foi confirmada em Vila Verde, no distrito de Braga. A informação foi avançada esta sexta-feira pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga, que ressalva, contudo, que até ao momento não foram identificados mosquitos infetados nem registados quaisquer casos de doença transmitida localmente.Este alerta surge após a primeira deteção desta espécie em Portugal ter ocorrido na Covilhã, ainda o mês passado.
A Saúde Pública da ULS Braga reforçou a sua participação na Rede de Vigilância de Vetores, um programa nacional de monitorização, o que permitiu confirmar agora a presença do mosquito na sua região.
Face a esta situação, a ULS de Braga já está a desenvolver uma intervenção intersetorial em parceria com entidades locais, visando o controlo e prevenção da proliferação do inseto.
Pedro Pereira, coordenador da Unidade de Saúde Pública da ULS Braga, sublinha a importância da colaboração cívica. O apelo principal à população é a adoção de medidas preventivas essenciais no dia a dia, nomeadamente a eliminação de água parada em recipientes, pratos de vasos e caleiras, que servem como potenciais criadouros para o mosquito.
A ULS salienta ainda que a proteção individual é crucial. São recomendadas medidas simples e eficazes como o uso de repelente, vestuário de cores claras e mangas compridas, e a instalação de redes mosquiteiras. A atenção deve ser redobrada durante o amanhecer e o entardecer, períodos de maior atividade do mosquito.
A instituição reforça que só através de um "esforço conjunto" entre autarquias, entidades de saúde e a população será possível limitar a expansão desta espécie invasora e mitigar o risco de transmissão de doenças.