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HAMAS BOICOTA ASSINATURA DE ACORDO DE PAZ E ADVERTE: "PRÓXIMAS NEGOCIAÇÕES SERÃO MAIS COMPLEXAS"; TRUMP RUMO AO CAIRO PARA GARANTIR LIBERTAÇÃO DE REFÉNS
Publicado em 11/10/2025 17:31
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A assinatura oficial do acordo de paz entre Israel e o Hamas para a Faixa de Gaza vai decorrer sem a presença direta do grupo islâmico, que será apenas representado pelos mediadores. A informação foi confirmada este sábado por Hossam Badran, dirigente do Hamas, numa entrevista à agência noticiosa AFP.

A ausência do Hamas no ato formal de assinatura, onde estarão presentes mediadores como o Qatar e o Egito, sublinha as profundas reservas e a natureza indireta das negociações, mesmo após o anúncio da primeira fase do acordo.

O cessar-fogo na Faixa de Gaza está em vigor desde as 12:00 locais (10:00 em Lisboa) de sexta-feira, dando início ao período de 72 horas previsto para a libertação de 48 reféns ainda retidos no enclave, dos quais 20 foram confirmados como vivos.

Apesar da primeira trégua estar em curso, o Hamas já aponta para dificuldades significativas no futuro. Na mesma entrevista, Hossam Badran alertou que as negociações para a segunda fase do plano de paz serão "mais complexas" e "mais longas" do que as atuais.

O dirigente palestiniano também abordou a exigência de desmantelamento ou expulsão do grupo de Gaza, classificando de "absurda" a ideia de retirar os membros do Hamas da "terra onde vivem, com as suas famílias". Esta declaração sugere que a questão do futuro político e militar do Hamas continuará a ser o maior obstáculo para um acordo de longo prazo.

Missão de Alto Risco de Donald Trump

Em Washington, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou otimismo quanto ao cumprimento do acordo imediato, afirmando na noite de sexta-feira que os reféns devem ser devolvidos a Israel na segunda-feira.

O líder norte-americano recebeu luz verde médica para se deslocar ao Médio Oriente. A sua viagem, que o levará à capital egípcia, Cairo, visa cimentar diplomaticamente o cessar-fogo e pressionar pela continuação do processo de paz. A presença de Trump na região sublinha o papel crucial de Washington na mediação, demonstrando que o sucesso da trégua depende em grande parte do envolvimento político de alto nível.

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