De acordo com a notícia avançada pelo Correio da Manhã, o Ministro e a sua esposa investiram um montante significativo de 1,34 milhões de euros na aquisição e na profunda reabilitação do imóvel. Contudo, o valor de IMI a pagar está muito abaixo do que seria expectável para tal investimento.
A razão para o baixo imposto reside na avaliação feita pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Para calcular o Valor Patrimonial Tributário (VPT) da casa, o Fisco aplicou o Coeficiente de Vetustez (Cv) correspondente a um imóvel com mais de 60 anos. Este coeficiente penaliza a avaliação fiscal de edifícios antigos, baixando o VPT e, consequentemente, o IMI a pagar.
A alegada disparidade entre o valor de compra e reabilitação (1,34 milhões de euros) e o VPT atribuído pelo Fisco levou o jornal a classificar o imposto pago pelo Ministro como sendo a "preço de saldo".
Em reação à notícia, António Leitão Amaro sublinhou que se limita a cumprir a lei, pagando o valor de IMI que foi determinado e liquidado pelo Fisco, sendo a metodologia de avaliação da inteira responsabilidade da Autoridade Tributária.