O Partido Socialista pediu a realização de uma reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa, marcada para 25 de setembro, para esclarecer alegadas omissões e contradições relativas ao acidente do ascensor da Glória, que no início do mês causou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos.
Em causa está a confirmação, por parte da Carris, de que ocorreram dois acidentes anteriores — em outubro de 2024 e maio de 2025 — que tinham sido negados publicamente pelo presidente do Conselho de Administração da empresa e pelo vice-presidente da autarquia. Para os vereadores socialistas, estas revelações configuram um “plano de falsidade” na forma como a Câmara e a transportadora comunicaram os acontecimentos.
O PS exige ainda acesso a vários documentos, incluindo uma carta da Comissão de Trabalhadores enviada à presidência da Câmara em setembro de 2023, na qual eram denunciados problemas de manutenção, bem como relatórios sobre os acidentes e registos de segurança dos últimos dois anos.
Segundo o vereador Pedro Anastácio, a reunião servirá para confrontar diretamente os responsáveis políticos e da Carris com estas falhas e, a partir daí, avaliar possíveis consequências políticas.