A Roménia convocou o embaixador da Rússia em Bucareste depois de um drone militar russo ter entrado no espaço aéreo romeno. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Oana Toiu, explicou ao canal Digi 24 que a decisão visa “comunicar claramente o protesto da Roménia” perante o incidente.
Em comunicado, o Ministério da Defesa de Bucareste já tinha condenado de forma “veemente” aquilo que classificou como “ações irresponsáveis da Rússia”. O governo romeno considera a violação aérea um novo desafio de segurança.
Também a União Europeia reagiu. A alta representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, descreveu o episódio como “inaceitável” e acusou Moscovo de contribuir para uma “escalada imprudente”.
A defesa romena respondeu enviando, na noite de sábado, dois caças F-16 para acompanhar a situação. O incidente ocorreu no mesmo período em que a Rússia lançou mais de 450 drones e mísseis contra a Ucrânia, invadida em fevereiro de 2022.
A ameaça não se limitou à Roménia. O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, confirmou que 19 drones russos atravessaram o espaço aéreo polaco. Três foram abatidos com o apoio de caças furtivos F-35 dos Países Baixos.
Segundo especialistas militares, estes drones de baixo custo são particularmente vulneráveis a sistemas de interferência eletrónica, que podem desviar a sua rota. O Ministério da Defesa russo, no entanto, assegurou que não tinha como objetivo atingir alvos em território da NATO.